quinta-feira, 19 de maio de 2016

Anemia pós bariatrica...jogo duro !


Suplementação de Ferro após a Cirurgia Bariátrica – gastroplastia

Quando eu entrei no processo de anemia pós bariátrica eu não percebi. Eu passei a comer menos carne  depois da cirurgia e perto do que eu comia, hoje eu quase não como mais. 
Com o tempo , ficou mais gritante. Eu sabia que tinha algo de errado mas eu achei que era um comecinho de depressão. Depois achei que eram os hormônios mas só fui ter certeza do meu quadro quando fiz os exames de rotina da bariátrica e a ferritina tava a 3. O normal é 13 por ai, eu eu só tava a 3... pensa !
Quando meu médico falou em tomar sangue, eu surtei .
Sai comendo figado, me entupi de carne , comia brócolis com a carne quase todos os dias. Teve semanas que meu xixi era vermelho de tanta beterraba que comia e sai tomando ferro injetável na veia de 15 em 15 dias e mastigando os comprimidos de noripurum 2 x ao dia todos os dias. 
Pasmem... eu sai de 3 e subi para 10 na ferritina. Mesmo com esses cuidados todos, sair do quadro da anemia profunda não foi fácil não.
Isso tudo que tô relatando, levou uns 6 meses para descobrir a anemia e mais uns 3 meses de tratamento e ainda não sai dela.
Tinha dias que eu não conseguia chegar no fim da tarde e eu parecia ter que me arrastar . Não tinha forças. O cérebro falava vai, se move, e o corpo falava não dá. Pra ir de uma lado para outro eu parecia que tinha que usar todas as minhas forças para conseguir me mover. 
O sono era incontrolável, principalmente depois do almoço, logo após eu me alimentar. E eu pensando que era só cansaço...
Dava uma vontade de chorar, pq eu quer ir mas a energia acabava e eu não conseguia. 
A maior parte do tempo eu ficava sentada aqui no meu local de trabalho me sentindo cansada. Até pra falar eu tava com dificuldade.
Bom... descobri, cuidei e agora refiz os exames ontem e logo já conto como eu tô !
Ainda me sinto cansada, mas é bem menos do que antes quando a ferritina tava a 3.
Vamos ver pra quanto ela subiu e como vamos manter ela em alta !



O Ferro é um componente da hemoglobina, que permite aos eritrócitos transportar o oxigênio e distribuí-lo aos tecidos do corpo.
A falta de ferro pode ocasionar anemia (diminuição dos glóbulos vermelhos no sangue), que pode dá sensação de fraqueza, fadiga, palidez da pele e mucosa e também falta de ar, nos casos mais sérios. É um mineral muito importante que atua em vários processos em nosso organismo.


É possível detectar a anemia por meio do exame de sangue, denominado hemograma. Em cirurgias bariátricas restritivas e disabsortivas como na cirurgia do Bypass Gástrico em Y de Roux ou na Derivação Bileopancreática, há a diminuição da ingestão de ferro e também sua absorção diminui já que o alimento não vai mais passar pela parte inicial do intestino (duodeno e jejuno proximal), principais sítios de absorção do ferro e também pela diminuição na produção do ácido gástrico, que favorece a absorção do ferro. O paciente poderá ser orientado a repor essa carência com medicamentos orais (Neutrofer, Combiron, Sulfato Ferroso, etc.) ou por via venosa (Noripurum).

A anemia pode afetar pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, sendo geralmente provocada pela deficiência de ferro. Nestes pacientes, submetidos à cirurgia de obesidade, a quantidade de ingestão diária de ferro elementar (sulfato ferroso ou fumarato ferroso) deve atingir 40 a 100 mg/d.
A quantidade de ferro presente nos polivitamínicos do mercado atualmente contém de 10 a 20 mg de ferro cada, o que pode não evitar a deficiência do mineral em pacientes que foram submetidos a cirurgia bariátrica, principalmente em mulheres com menstruação abundante, seja na duração ou na intensidade.
Como prevenir a deficiência?

Para que haja a prevenção de sua deficiência, o paciente deve ingerir 40 a 65 mg de ferro por dia (200 – 400 mg de sulfato de ferro). Nas mulheres em idade reprodutiva, as recomendações aumentam para 100 mg de ferro elementar por dia (400 a 800 mg de sulfato ferroso).
É importante considerar as características de absorção do diversos tipos de suplementação de ferro disponíveis no mercado:
  • Sulfato ferroso (Fe++), cujo comprimido de 300 mg contém 60 mg de ferro elementar. Apenas 20% de ferro elementar e apresenta maiores efeitos gastrointestinais.
  • Fumarato ferroso (Fe++), comprimido com 200 mg de Fe++ equivale a 66 mg de ferro elementar por comprimido. 33% de ferro elementar, geralmente bem tolerado pelos pacientes, e apresenta boa absorção do mineral.
  • Gluconato ferroso (Fe++), comprimido com 300 mg corresponde a 36 mg de ferro elementar por comprimido. 12% de ferro elementar.
  • Sacarato de hidróxido de ferro III (polimaltosado) comprimido com 330 mg e 100 mg de ferro elementar por comprimido. 30% de ferro elementar
  • Ferronil: 98% de ferro elementar, ferro elementar, com partículas bem reduzidas.
O ideal é que o suplemento de ferro seja acompanhado de vitamina C e de frutooligossacarídeos (fibra dietética solúvel) para prevenir a constipação, melhorar a flora intestinal e proporcionar melhor absorção do mineral.

Quanto à tolerabilidade a suplementação de ferro oral, cerca de 10% a 40% dos pacientes apresentam efeitos adversos intensos e não toleram a suplementação de ferro por via oral.
Os efeitos colaterais da suplementação oral estão relacionados ao trato gastrointestinal com sintomas epigástricos, como náuseas, vômitos, epigastralgia e dispepsia, diarréia ou obstipação. Tais sintomas se devem, com frequência, à dose utilizada e não ao composto em uso, embora as preparações de liberação lenta (ferro polimaltosado) sejam melhor toleradas. A administração após as refeições é de maior aceitabilidade do que a em jejum, embora esta última apresenta melhor absorção.
Quando o tratamento oral não obtiver resultados, ou for constatada uma anemia grave, doses intravenosas de hidróxido de ferro-sacarose são necessárias (20 mg de ferro elementar por ml).
O ferro também pode ser encontrado nos seguintes alimentos: carnes vermelhas, de ave e de peixe, fígado de qualquer animal, grão-de-bico, ervilha, lentilha, agrião, beterraba, cereais, aveia, castanhas, nozes, feijão. E nas frutas também: morango, kiwi, laranja, manga, limão, uva, acerola, goiaba e ameixa seca.
Saber oque se passa com seu corpo é imprescindível para sua saúde .Quem não sabe que vc tem anemia, pensa que vc é uma lerda e te tira de bicho preguiça ou de mal educada sei lá.Só quem passou por isso sabe oq pega viu...Anêmia nunca mais. Ahhh e para as pessoas que me pré julgaram sem saber oq eu tinha, quero elas bem longe de mim... amigos assim ninguém precisa não. Deus me guarde da maldade e da anemia...
#anemianuncamais #anemiaposbariatrica #amomecuidar #fariatudodenovo
By Val
=)


2 comentários:

  1. fiz a bariátrica faz 10 meses e fechei um projeto no México e agora no USA, ou seja, não fiz nenhum exame até agora, basicamente fico cansado o tempo todo e tenho tonturas ao levantar. Dumping acompanha todas as refeições, mas não são tão fortes qto o q tive na casa de uma amiga, qdo cai no chão, estourei a porta de vidro do banheiro e acordei com 2 mulheres me dando banho pq tava cagado. Vou dar uma analisada na minha dose de ferro nas alimentações, tento só comer carne, mas a quantidade é ridícula, qse nem como pq só passo mal nesse processo.
    abs!

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    1. Olha... o acompanhamento medico é de suma importância ! A anemia é normal para os bariatricos que tbm desviaram o intestino. Com o passar do tempo o corpo não absorve quase nada de vitaminas e o acompanhamento com exames de sangue é o que mantém seu organismo em dia. A fadiga já é sintoma de anemia e o desmaio pode ser da hipoglicemia. Vai no seu médico sim ! Melhoras...bj

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